segunda-feira, 3 de junho de 2024

ÌNDIA ANTIGA

 Localização no espaço e no tempo














Por volta de 5.000 a. C. caçadores, coletores e nômades começaram a organizar aldeias ao longo do rio Indo localizado no subcontinente indiano sul do continente asiático, ficando conhecidos como povo do Vale do Indo.

Politica

Império Maurya: século VI a.C. diversos reinos ocupavam a planície do rio Ganges. Entre estes o destaque para o reino de  Magadha, por volta de 400 a.C, que se expandia. O norte da Índia foi dominado por Dario I, e a região permaneceu sob domínio persa até a chegada de Alexandre, o Grande, suas tropas permaneceram na região até sua morte. Chandragupta Maurya assumiu o poder na região e seu império incluía o norte da Índia e parte do Afeganistão. O poder do imperador era absoluto com um forte exercito, governo central, rede de espiões para fiscalizar os oficiais do governo e governantes locais, o território era dividido em distritos. Chandragupta tornou-se monge e deixou o império para seu filho que continuou a expansão territorial. O neto de Chandragupta, Asoka após conquistar a província de Kalinga em 261 a.C. impressionado com as mortes nesta batalha converteu-se ao budismo pregando a não violência e espalhou missionários budistas pelo sul da Ásia. Asoka foi considerado um grande líder, seu sucessor não conseguiu manter o império unido e o norte da Índia foi dividido em vários reinos incluindo tribos nômades da Ásia, gregos e persas. O sul da Índia foi dominado pelos dravidianos.


Civilização drávida: embora tenha sofrido influências do norte e do hinduísmo mantiveram sua cultura. Suas línguas, como o Tamil, ainda são faladas na Índia e no Sri Lanka. Nas ruínas de casas e edifícios com sistema de esgoto, ruas e sistema de drenagem encontradas nas cidades Mohenjo-Daro e Harapa indícios constataram que foram planejadas. Produziam brinquedos, tijolos e cerâmicas com argila, criavam animais, plantavam frutas, grãos e algodão, trabalhavam metais preciosos. Eram politeístas e a grande quantidade de figuras religiosas "deduziu-se que se tratava de uma sociedade de sacerdotes, mercadores e agricultores.". A única evidência de escrita eram os sinetes feitos de pedra e argila usados pata assinar contratos (escrita Harapa não foi decifrada). Comercializavam com as civilizações do Oriente Médio produtos como roupas de algodão, grãos, especiarias, perfumes, animais exóticos, turquesas. Entrou em declínio mil anos após seu surgimento as cidades foram abandonadas, o comércio diminui e a civilização entrou em colapso. A chegada dos arianos em 1.500 a. C. alterou tudo no subcontinente  indiano.












Civilização Védica:  caçadores nômades arianos vindos da Ásia por possuírem armas mais sofisticadas dominaram o subcontinente indiano e os drávidas, deste confronto nasceu a civilização hindu. O que se sabe dos primeiros mil anos desta civilização provêm do Livro dos Vedas (transmitido inicialmente oralmente) contém hinos, orações e provérbios populares escritos em védico. O chefe da tribo o rajá era escolhido entre os guerreiros a sociedade era dividida em três classes havendo mobilidade: sacerdotes, guerreiros e as pessoas comuns. Homens cuidavam do gado e guerreavam e as mulheres cuidavam da plantação e afazeres domésticos. Quando dominaram a civilização do vale do indo aconteceram diversas alterações na organização social que resultaram no sistema de castas.


Império Gupta: em 320 d.C. Chandra Gupta unificou o norte da Índia. O quarto e o quinto séculos d.C. ficou conhecido como a Era Clássica da Índia onde a paz, a arte, a literatura e a filosofia se desenvolveram. Embora o hinduísmo fosse a religião oficial o budismo exerceu muita influência. A Índia prosperava enquanto Roma decaía. A partir do quinto século os hunos começaram a invadir o império Gupta, com o governo central enfraquecido o império se divide em reinos e estados fortalecendo os líderes locais.











Índia sob Domínio Muçulmano: Os muçulmanos ao invadirem as montanhas na fronteira noroeste da Índia, não conseguem passar a região do Vale do Indo. Em 1.175 os turcos muçulmano ocupam além das regiões anteriormente conquistadas o norte do Decã e estabelecem o sultanato de Delhi. Os sultões permanecem no poder da região por 300 anos, vivendo dos impostos cobrados dos não muçulmanos. Para não serem influenciados pelos hinduístas traziam trabalhadores turcos e persas. Porém as diferenças entre o hinduísmo dos nativos e o islamismo tornam os invasores menos tolerantes com o povo conquistado. A questão do hinduísmo ser politeísta e classificar a população contradizia as ideias de um único Deus e de todos serem iguais perante ele. Isto somado a distância deste sultanado causava instabilidade, conspirações, revoltas e assassinatos.


Império Mogul: no século XIV os mongóis invadiram o norte da Índia e no final deste século Tamerlão atacou e saqueou Deli enfraquecendo o sultanato de Deli. Babur descendente de Gengis Khan e Temerlão em 1526 destruiu o sultanato de Deli e extabeleceu (antes de morrer) o Império Mogul (derivação persa para mongol). Akbar neto de Babur ampliou o império abrangendo todo o norte da Índia e grande parte do sul. Ele conseguiu através da diplomacia unir povos e religiões diferentes sob o seu império e seus sucessos seguiram está política. Seu filho e seu neto apoiavam a cultura e a arte. Jahangir filho de Akbar casou-se com uma persa disseminando a influência persa. Jahan filho de Jahangir liderou uma rebelião contra seu pai e em 1628 conquistou o trono mogul adotando o nome de xá (rei) e construiu diversas mesquitas, fortes e locais públicos. Tornou-se conhecido pelo Taj Mahal mausoléu que construiu em homenagem a sua esposa Mumtaz Mahal. Aurangzeb filho do Xá Jahan aprisionou seu pai em 1658 tentou forçar a população hindu a se converter ao islamismo iniciando um período de intolerância religiosa criando conflitos com os aliados do Império Mogul. No período de Aurangzeb o apoio as artes foi encerrado e em seu lugar foi optado pelo financiamento militar para a conquista do sul da Índia. Com este foco o governo ficou em segundo plano tornou-se corrupto perdendo muito poder em 1707 época da sua morte. Reis hindus do noroeste, os Sikhs (seguidores de uma nova religião)  e os Marathas (povo hindu que vivia ao longo da costa ocidental) resistiam a Aurangzeb.

Economia














A base da economia era a agricultura, por isto a maioria das pessoas vivia na zoa rural, destaque para o cultivo de frutas como melão além de ervilhas e trigo.

Sociedade














A civilização do Vale do Indo era  igualitária, e embora se saiba que desapareceu por volta de 1.500 a.C. não há uma conclusão unânime sobre o que a tenha levado ao fim.  

Sistema de castas:  o termo usado para casta na Índia é jati, que significa "nascimento" ou "tipo".  "Cada casta tem suas próprias regras de conduta e de prática religiosa, que determinam com quem a pessoa pode comer, com quem pode se associar e que tipo de trabalho pode realizar. Era proibido relacionar-se com as castas inferiores, a não ser para a execução das tarefas diárias." O indivíduo está predestinado a pertencer a uma casta, as principais castas são: 

"Brâmanes - A casta mais "pura", formada pelos líderes espirituais, intérpretes dos textos vedas. Exerciam também as funções de médicos e administradores.

Guerreiros - ocupavam altos cargos públicos, tanto militares quanto civis. 

Artesãos - Os trabalhadores braçais, ao lado dos mercadores urbanos e da mão de obra camponesa, constituíam a base da sociedade hindu. Alguns artesãos chegaram a enriquecer exportando joias, metais preciosos, tecidos e especiarias. 

Servidores - trabalhadores menos qualificados."

O nível mais baixo que não está incluso no sistema de castas são os "intocáveis", "sem castas" ou "párias", os criminosos e os que desrespeitam o dharma (código de conduto). Cristãos, judeus e muçulmanos também estão fora do sistema de castas. Eles vivem a margem da sociedade realizando os trabalhos que as demais castas não realizam, além disto a maioria dos indianos recusa-se a ter qualquer contato com esta classe social. Com o tempo foram surgindo centenas de subcastas. Em 1947 a Constituição indiana introduziu medidas para banir a discriminação, porém na prática o sistema de castas prevalece.

Religiões





















Hinduísmo: politeísta -  divindades ligadas ao criador Brahma, a trindade do Bramanismo é composta por Shiva (destruidor) e Vishnu (conservador). Acredita na existência de uma ordem universal pré-estabelecida para todos os seres humanos sendo o segredo da felicidade aceitar o destino que os deuses determinaram. Seus ensinamentos estão reunidos nos quatro Vedas: Rig-Veda, Sama-Veda (hinos), Yojur-Veda(livro do sacríficio) e Atharva-Veda (palavras mágicas). Emprega o sistema de castas para dividir a sociedade, seus ensinamentos servem de guia para aspectos espirituais e práticos, cada hindu está livre para escolher sua forma de culto. Voltar a fazer parte do mundo espiritual e de Brahman é o propósito do hindu e isto só é possível quanto a sua alma (atamã)  estiver purificada, como isto não seria possível em uma única vida esta alma renasce numa nova criatura vivente (transmigração ou reencarnação). Retornar em uma casta mais alta ou mais baixa é determinada pelo karma  conjunto de todas as ações, boas ou más, cometidas por um ser humano em suas vidas passadas. "A responsabilidade pela vida de um hindu no dia de hoje e por sua próxima encarnação será sempre dele."



















Budismo surgiu no século VI a.C. é baseado nos ensinamentos de Siddhartha Gautama (Buda). Quatro verdades:  Tristeza e sofrimento fazem parte da vida. As pessoas sofrem porque estão constantemente tentando conseguir coisas que não podem ter. A maneira de escapar desse sofrimento é ignorar estes desejos frustrantes e alcançar o estado do "não desejar". Para alcançarem esse estado, chamado de nirvana, as pessoas devem seguir um "padrão médio", não tendo demais nem muito pouco prazer. Enquanto a pessoa não se livra do desejo é necessária a reencarnação. Acredita na reencarnação mas considera que uma pessoa pode chegar a iluminação durante uma só vida.

Cultura

Influência de povos como os áreas e nômades em 1.500 a.C., dos portugueses durante as grandes navegações e inglesa à partir de 1858. 









Culinária

Influenciada pelo hinduísmo que considera o uso de carnes na alimentação uma prática impura (a vaca, por exemplo é um animal sagrado), ou seja muitos de seus praticantes  são vegetarianos. Outro destaque é a utilização de condimentos, temperos e especiais. 



 







Arquitetura 

Destaque: os tempos pelos detalhes e decoração. Estes chamam a atenção pelos detalhes e riqueza na decoração, com muitas cores e estátuas de deuses hindus. Considerado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO o mausoléu - Taj Mahal na cidade de Agra é um exemplo da influência muçulmana  arquitetura indiana.



 







Festas 

Relacionadas à religião, são: Holi, Festival das Cores (de fevereiro a março); Khumba Mela (festival religioso que ocorre quatro vezes a cada doze anos); Ganesha Festival (agosto e setembro) e Festival das Luzes (Diwali).









Dança 

A Bharathanatyam surgiu há mais de 5 mil anos e influenciou outros estilos de dança. A letra das músicas falam das realizações de deuses e heróis da mitologia, na dança os participantes fazem poses e  movimentos suaves. 










Música 

Surge da junção musical de diversos grupos étnicos e linguísticos da região. O instrumento mais utilizado na música tradicional é o tambura e as  letras seguem um caráter emotivo e descritivo. 














Filosofia 

Ligada a religião, principais correntes filosóficas são: budismo, yoga, jainismo, tantra, bramanismo e sankhya.










Literatura 

"A literatura gupta enfatizou a importância do hinduísmo na vida diária. Muitas fábulas deste período, tais como a história de "Simbá, o Marinheiro", foram traduzidas e lidas na Pérsia (hoje Irã) e Europa. Autores gupta escreveram peças e poesias em sânscrito - a língua indiana literária. O maior escritor indiano foi Kalidasa, cuja peça "Shakuntala" ainda é representada na Índia, nos dias de hoje."









Vídeos

https://www.youtube.com/watch?v=wydQOnHohDg

https://www.youtube.com/watch?v=FsVEIIIT9Ak

https://www.youtube.com/watch?v=OOd685wjnak

Referências

https://www.todamateria.com.br/india-antiga/#:~:text=A%20Civiliza%C3%A7%C3%A3o%20Indiana%20%C3%A9%20uma,por%20ca%C3%A7adores%2C%20coletores%20e%20n%C3%B4mades.

https://www.portalsaofrancisco.com.br/turismo/india

https://www.suapesquisa.com/resumos/religiao_india_antiga.htm

https://www.educabras.com/artigos/pormenor/historia/historia_india_antiga

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/antropologia/cultura-indiana

https://www.suapesquisa.com/musicacultura/cultura_indiana.htm

https://aulazen.com/historia/imperio-maurya-ascensao-expansao-e-queda/

https://aulazen.com/historia/o-imperio-gupta-ascensao-expansao-e-queda/

https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/india-70-anos-uma-historia-milenar.phtml

https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/taj-mahal.htm

https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/vitoria-do-bem-contra-o-mal-conheca-o-holi-festival-das-cores-na-india/

terça-feira, 7 de fevereiro de 2023

China antiga

Localização no espaço e no tempo: Há indícios de que os primeiros grupos de pessoas chegaram na China antiga, por volta dos anos de 7000 a. C. e 5000 a. C. Esses grupos de indivíduos desenvolveram as suas sociedades distintas nas imediações do rio Huang-Ho, mais conhecido como rio Amarelo e do rio Yang-Tsé, mais conhecido como rio Azul.


Pré-histórica: chegada dos primeiros grupos e tribos humanas, entre 7000 a.C. e 5000 a.C. Desenvolveram-se próximos dos Rios Huang-Ho (Rio Amarelo), e Yang-tsé (Rio Azul). Esta ocalização foi importante para o desenvolvimento agrícola.  Eram nômades no início mantendo-se através da pesca, caça e coleta e criando alguns animais, com o tempo passaram a cultivar o arroz, a cevada e o sorgo. Em 3000 a.C. e 1800 a.C., destacaram-se as culturas Longshan e Yangshao. Descobertas arqueológicas revelaram elaborados trabalhos em cerâmica, terracota.

Política: dinastia denominação dada para um grupo de reis e rainhas que pertencem a uma mesma família e se sucedem em um mesmo governo. Dinastias na China:


Dinastia Xia: primeiro traço de organização de um reino formalmente constituído. Indícios indicam que está seria a primeira dinastia chinesa no período de 2200 a. C. e 1750 a. C. localizada no Vale do Rio Amarelo. Desenvolvimento da agricultura, comércio, medicina, pecuária e construíam casa. Teria tido 17 reis sendo o primeiro Yu, o Grande e teria chegado ao fim devido á má administração do rei Xia Jie. 


Dinastia Shang : ou Yin, foi a segunda dinastia real após alianças e disputas chegou ao poder em 1.500 a.C e 1.050 a.C. Criaram um exército poderoso e assim ampliaram seus territórios, cidades surgiram por todo o vale Amarelo. Os reis dessa dinastia tinham poderes absolutos e eram associados ao divino (para o povo) sendo considerados como  "filhos do céu". Aperfeiçoaram o sistema de escrita que era gravado em ossos dos animais e peças de bronze; as atividades artesanais com pedras de jade; a metalurgia feita em bronze para a confecção de armas, carruagens de combate e urnas funerárias, além do desenvolvimento da tecelagem da seda com a utilização de rocas. Dividiam a sociedade entre nobres, habitantes das cidades-palácios e camponeses. Eram politeístas e acreditavam que os mortos eram transformados em deuses.


Dinastia Zhou:   1050 a. C. e 256 a. C. Disputas internas pelo poder, enfraqueceram  os Shang, que foram derrotados pela família Zhou, que era um clã da região oeste do território chinês. Eles invocaram a tradição do chamado “Mandato do Céu”, onde os imperadores eram designados a governar por direito divino – mas em sua queda, perdiam esse direito. Os Zhou formaram alianças com clãs do interior da China, que enviavam homens e armas para o exército Zhou, que na eventual conquista cedia aos clãs o controle de parte dos territórios. Elaboraram dos primeiros artefatos bélicos em ferro, o que contribuiu para a defesa das fronteiras.

Dinastia Qin:  de 221 a. C. a 207 a. C. Com o tempo, os nobres do interior da China, ficaram mais poderosos e passaram a disputar entre eles mesmos o poder e os territórios do reino Zhou. Em 481 a. C., a China  estava dividida em sete reinos rivais que batalhavam entre si. O príncipe Qinshi Huangdi, da dinastia Qin,  conquistou todos os territórios  e assumiu como primeiro imperador da China, no ano de 221 a. C. concentrando o poder em suas mãos. Qinshi unificou a escrita, pesos e medidas, a legislação chinesa e iniciou a construção da Grande Muralha da China. Dinastia Qin não sobreviveu à morte de Qinshi e foi rapidamente substituída pelos Han. 


Dinastia Han: de 206 a. C. a 220 d. C. Após a morte de Qinshi Huangdi ocorreu uma crise e algumas disputas pelo poder, terminando com a vitória de Lui Bang, da dinastia Han, no ano de 206 a. C. Cargos públicos passaram a ser acessíveis mesmo aos não nobres – por um sistema baseado em concursos – o que reduziu as revoltas populares. O comércio com o eixo ocidental tem início. Nessa época destacam-se os moinhos d’água, artefatos em ferro e outros metais, criação das primeiras bússolas, desenvolvimento da pólvora, técnicas de pavimentação inovadoras, arados mais avançados, popularização do papel. Estes avanços impulsionaram o comércio e a produção de alimentos e criando as bases para a prosperidade do império. A dinastia Han entrou em decadência em 220 d.C., quando o governo foi enfraquecido por uma série de revoltas e pressões exercidas por grandes famílias da nobreza – que havia perdido consideravelmente seu poder sob o jugo dos Han. O império, que já vinha unificado por quase 500 anos, foi dividido em três reinos: Wu, Shu e Wei, e essa divisão durou até o ano 265 d.C.


Domínio mongol:  1211 e 1215 mongóis invadiram a China iniciam um dividido 12 províncias, continuando o desenvolvimento atingido anteriormente. Os mongóis são retirados do poder em 1368 por uma resistência interna que assumiu o poder com o nome de dinastia Ming. O território chinês se expandiu para a Manchúria, Indochina e Mongólia. Esse reinado ruiu com a chegada dos europeus, em 1516 terminando com a invasão manchu em 1644.


Outras dinastias da China antiga:
• Período das Seis Dinastias (220 – 589 d. C.
• Dinastia Sui (581 – 618 d. C.)
• Dinastia Tang (618 – 906 d. C.)
• Período das Cinco Dinastias (907 – 960 d. C.)
• Dinastia Song (960 – 1279 d. C.)
• Dinastia Yuan (1279 – 1368 d. C.)
• Dinastia Ming (1368 – 1644 d. C.)
• Dinastia Qing (1644 – 1912 d. C.)
Economia: cultivavam trigo, cevada, painço, sorgo e arroz, cultivavam amoreiras para a criação do bicho da seda. Criaram diques, represas e canais de irrigação para melhorar sua agricultura. Dedicavam-se à produção de cerâmica e porcelana. Rota da seda, foi como ficou conhecido os caminhos pelos quais as caravanas regiões da Índia, Arábia, Rússia, Egito, região central da Ásia, Pérsia, Turquia. Os comerciantes que utilizavam essa rota, vendiam e compravam diversos tipos de produtos não apenas a seda, especiarias (cravo, canela, noz moscada, pimenta, entre outros temperos), sal, óleos, gengibre, cerâmicas e etc. 


Sociedade: no topo da pirâmide social estava o imperador escolhido divino, com direitos e garantias que não eram extensíveis aos homens – somente a ele. Abaixo  estavam os nobres, grandes proprietários de terras, que tinham à sua disposição grupos armados (similar ao que os senhores feudais seriam durante a Idade Média no Ocidente.), altos funcionários imperiais, como os coletores de impostos, os chefes de polícia e os mandarins (altos funcionários públicos, conselheiros de estado). Seguem os comerciantes, curandeiros e médicos, funcionários públicos de baixa patente. Na base da sociedade estavam os camponeses, que cultivavam as terras das famílias nobres em troca de parte das colheitas. Eram servos e podiam ser convocados pelo nobre o imperador, para a realização de obras e trabalhos públicos - como a construção de barragens, canais e edifícios. Geralmente as aldeias tinham de ceder alguns dos filhos para compor os exércitos dos senhores nobres.
Religião: destaque para taoísmo e o confucionismo ligadas à filosofia. O taoísmo baseia-se das obras do filósofo Lao-Tsé, seus valores são: compaixão, respeito à natureza, valorização de um modo de vida simples e aceitação da transitoriedade da vida. O universo seria controlado por duas forças opostas e complementares: yin (que simboliza a passividade, a noite, o frio e o feminino) e yang (que simboliza a atividade, o dia, o calor e o masculino), que formariam uma unidade equilibrada conhecida como tao. Por estar ligado a natureza e a simplicidade de conceitos, atraía camponeses e trabalhadores. O confucionismo surgiu com o filósofo Confúcio (551 a.C. a 479 a.C.),  seus valores são: humanidade (ren), senso de justiça (yi), ritual (li), conhecimento (zhi) e integridade (xin), aliados ao respeito, à tolerância e ao culto aos antepassados. "Seus ensinamentos formavam complexo sistema de culto e organização social, buscando o autoconhecimento e o aprimoramento pessoa. O respeito e obediência eram eixos centrais no confucionismo, bem como valores de união, tradição e família. O respeito aos superiores, aos pais e antepassados, o respeito dos servos pelos senhores e de todos pelo imperador." Destaque também para o budismo introduzido pelo imperador han Ming-Ti, porém só se espalhou na China nos séculos V e VI com o apoio da dinastia Wei e Tang. Neste período espalharam-se escolas budistas.


Cultura e curiosidades: a Grande Muralha começou a ser construída 220 a.C. pelo imperador Qin Shi Huangdi com objetivos militares (proteger a China contra a invasão dos povos do Norte). Sua construção terminou no século XV, durante a Dinastia Ming. Possui cerca de 21,9 mil quilômetros de extensão (contanto com as diversas ramificações), tendo em média  entre 6 e 7 metros de altura e 4 a 5 metros de largura. Construída com materiais disponíveis envolveu centenas de milhares de trabalhadores, soldados e camponeses Foi transformada no símbolo da China 1980 e em 2007, foi eleita como uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo.  "A medicina Chinesa era preventiva, os médicos cuidavam para que os pacientes não ficassem doente para isso desenvolveram técnicas como a acupuntura e utilização de ervas e raízes medicinais como Ginseng". Criaram a bussola, o sismógrafo, o papel, o papel moeda, a pólvora.


Videos:
https://www.youtube.com/watch?v=_egY0ruiY0M
https://www.youtube.com/watch?v=isRCYMpWkOQ
https://www.youtube.com/watch?v=b7kjEhv624k
https://www.youtube.com/watch?v=mn3ccUSL_bA

Referências:
www.worldhistory.org/www.gaialhia.kit.net/4shared.com/www.slideshare.net
https://www.todamateria.com.br/china-antiga/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/china-antiga
FAIRBANK, J. K.; GOLDMAN, M. China: uma nova história. Porto Alegre, RS: L&PM, 2006                  SCARPARI, M. Grandes civilizações do passado: China antiga. Barcelona. Ediciones Folio. 2006. 
https://www.coladaweb.com/historia/china-antiga
https://www.suapesquisa.com/historia/china/
https://www.portalsaofrancisco.com.br/historia-geral/china-antiga
https://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/0,,MUL689789-15913,00    LINHA+DO+TEMPO+VEJA+OS+PRINCIPAIS+FATOS+DA+HISTORIA+DA+CHINA.html
https://mundoeducacao.uol.com.br/china/origens-civilizacao-chinesa.htm
https://www.storyboardthat.com/pt/storyboards/pt-examples/estrutura-social-da-china-antiga
https://www.moedaeselo.lel.br/peca.asp?ID=1240983
https://segredosdomundo.r7.com/grande-muralha-da-china-curiosidades/
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-dinastias-chinesas-o-rico-legado-cultural-para-o-ocidente.phtml
https://www.suapesquisa.com/historia/china/dinastia_shang.htm
https://www.coladaweb.com/historia/china-antiga
https://www.historiaantiga.com/tipos-de-arte-chinesa/
https://www.suapesquisa.com/china/dinastia_zhou.htm
https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Historia/noticia/2019/11/historia-do-imperio-mongol-da-origem-queda.html
https://www.sohistoria.com.br/ef2/china/p3.php
https://www.sohistoria.com.br/ef2/china/p6.php

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Japão antigo

 Localização no espaço e no tempo: O Japão é um país asiático composto por ilhas maiores e milhares de pequenas ilhas. sua geografia montanhosa, com vulcões e poucas áreas cultiváveis influenciou sua história, dificultando a unificação política. Sua história inicia no período pré-Jomon, que se estende de 35 mil a.C. até aproximadamente 12 mil a.C.



Política e sociedade: períodos -  Jomon (10.000-300 a.C.), Yayoi (300 a.C.-300 d.C.) e Kofun (300-538).
1 - Período Jomon - recebe este nome devido a cerâmico de jomon (“desenhos do cordão”) com alto grau de exuberância e complexidade. Caçavam, pescavam e coletavam (frutas, nozes, raízes), cultivavam inhame, taro, feijão, soja, urushi (laca-japonesa), arroz. Viviam longos períodos em um mesmo lugar e por isto construíam casa madeira como abrigo. Existiam ligações entre  diferentes grupos o que possibilitou o comércio entre eles. Possuíam uma espiritualidade tendo Dogu como deusas  mais conhecida, enterravam os mortos. Usavam ornamentos de pedra, argila, cabelo, pedra, osso e chifre "inclusive para diferenciar a hierarquia assim como modificações corporais como tatuagens e afiar os dentes", roupas feitas de peles de animais, penas de aves e cascas de árvore.

2 - Período Yayoi: Surgiu em Kyushu, espalhando-se gradualmente para o leste e subjugando a cultura Jomon, até chegar aos distritos do norte de Honshu. A cerâmica encontrada na região de Yayoi em Tóquio tinha utilidade prática, assim como os objetos de bronze (espadas, lanças, espelhos) e os utensilhos como machados, facas, foices, enxadas, pontas de flechas. Destaque para o cultivo de arroz e a produção de tecidos em teares usando fibras vegetais. Os túmulos passam a ser marcados por montes de terra ou círculos de pedras e os mortos enterrados em grandes urnas de barro ou caixões de pedra.

3 - Período Kofun: Neste período há um grande desenvolvimento cultural, com influência da Coreia e com o Budismo e a escrita vindo da China.   "Trata-se da era mais antiga da história registrada no Japão, quando ele passa a ser unificado sob um único reino. O símbolo do crescente poder dos novos líderes do Japão foram os túmulos kofun, construídos em larga escala, daí o nome do período." O clã Yamato estabelece a Casa Imperial controlando o comercio em toda região.


Economia:

Desde o século XII o Japão seguia o sistema de "xogunato" semelhante ao feudalismo, onde o xogum era o chefe político, militar e espiritual (sem poder efetivo). No século XVI os japoneses tiveram o primeiro contato com o ocidente, com a chegada de navegadores portugueses. Após este contato permanecem mais dois séculos de isolamento onde nem mesmo trocas comerciais eram permitidas.


 Religião:

Xintoísmo: crença religiosa que surgiu no Japão, composta por lendas e mitos onde encontra-se a origem do mundo, da vida e da família imperial japonesa, este nome surgiu a partir da expressão Kami-no-Michi que significa "Caminho dos deuses". Sua origem remonta pré-históricas japonesas e no sistema tribal baseado em clãs de período joomon (8 mil a.C.),  ganhou destaque no século VI como religião oficial porém em 1946 a nova constituição japonesa (criada após a derrota do Japão na segunda guerra mundial) defende a liberdade religiosa  Não possui dogma, leis, código moral ou profeta fundados baseando-se no respeito e culto a natureza e na relação homem-natureza influencia vários aspectos da vida de seus seguidores que a adotam em seus cotidianos mesmo que já tenham, seus ensinamentos surgem no século VIII com os primeiros textos como o Kojiki e o Nihon Shoki (conjunto de escritas sagradas) . Esta receptividade a novas culturas e religiões é uma de suas características. Politeísta composta por vários kami (deuses) cada um responsável por um elemento específico da natureza e do Cosmos assim todos os elementos da natureza são deuses (substâncias, forças e leis da natureza). Os  principais Kami são: Amaterasu Oo-mikami, a grande deus Sol; Tsukiyomi-no-Mikoto, o deus Lua; e Susano-O-no-Mikoto, o deus do mar e das tempestades. Os deuses possuem várias formas como seres humanos, animais, tempetades, pedras, rios, estrelas, montanhas homens importantes (grandes sábios e guerreiros) ... são espíritos de consciência com poderes limitados (mas capazes de intervenções no mundo cotidiano), vivem em um lugar chamado Takama-no-hara, que significa "Alta Planície do Céu". Culto a natureza e aos ancestrais através de cerimônias que possuem quatro etapas: a purificação (limpeza da boca e das mãos com água, banhos rituais, jejum antes das cerimônias); oferendas (pequenos amuletos, pinturas e objetos, arroz, sal e saquê); preces e a festa sagrada, realizadas em casa ou nos templos buscam estabelecer o equilíbrio entre o ser humano e a natureza. Está religião se opõe ao comportamento do homem ocidental que vê a natureza como algo a ser dominado e subjugado, busca uma conexão com a natureza. Possui uma autoridade teológica principal, o kannushi ou mestre do kami (que pode ser homem ou mulher) e estima-se que atualmente 119 milhões de pessoas seguem o xintoísmo.

Xintoísmo no Brasil: praticado por uma pequena comunidade, formada por descendentes ou imigrantes japoneses. "O principal Templo Xintoísta do Brasil está localizado no estado de São Paulo e faz rituais e cerimonias em homenagem aos antepassados, além de manter a tradição e a filosofia do xintoísmo entre os japoneses que residem no Brasil."


Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=SE4j-q3zzqg
https://www.youtube.com/watch?v=vjuMU2ea-bA
https://www.youtube.com/watch?v=Zr2T0aI1m90

Referências:
https://www.educabras.com/artigos/pormenor/historia/japao_antigo
https://www.todamateria.com.br/xintoismo/
https://www.significados.com.br/xintoismo/
https://www.estudopratico.com.br/economia-do-japao/
https://www.suapesquisa.com/historia/japao_antigo.htm
https://coisasdojapao.com/2020/01/como-era-a-vida-da-sociedade-pre-japonesa-no-periodo-jomon/
https://coisasdojapao.com/2018/10/voce-conhece-todas-as-classes-guerreiras-do-japao-feudal/

sábado, 18 de setembro de 2021

Egito Antigo

Localização no espaço e no tempo: O território do Antigo Egito era dividido em Alto Egito (região do vale do Nilo) e Baixo Egito (região do Delta do Nilo), localizado geograficamente no nordeste do continente africano limitando-se ao norte com o mar Mediterrâneo, ao sul com o Sudão, a leste com o mar vermelho e a oeste com o deserto da Líbia. Períodos: Antigo Império 3200-2000 a.C. (da unificação até o fim do poder monárquico); o Médio Império 2000-1580 a.C., (da recentralização do poder até invasão dos hicsos), Novo Império 1580 – 525 a.C., (da expulsão dos hicsos até a invasão dos persas).


Política:

Período pré-dinástico (5000-3200 a.C.): os povos viviam em nomos (clãs) independentes mas que se uniam para solucionar problemas em comum como abrir canais de irrigação, construir diques. As relações se transformam com a formação do Reino do Baixo Egito (norte) e o Reino do Alto Egito (sul). 


O Antigo Império (3200-2300 a.C.): Menés em 3.200 a,C. unificou o alto e o baixo Egito em uma monarquia despótica de origem divina com sistema baseado na servidão coletiva dos camponeses (obrigados a trabalhar nas lavouras, construções e obras administradas pelo governo do faraó). Como primeiro faraó Menés  fundou a primeira dinastia, o faraó era considerado um deus vivo sendo todo o território egípcio sua propriedade. Tínis era a capital durante a primeira e a segunda dinastias, na terceira e quarta dinastias (auge do Antigo Império) a capital passou a ser Mênfis. Na terceira dinastia os egípcios já concentravam riquezas e poder, o que possibilitou que no reinado de Zoer fosse construída uma pirâmide escalonada como tumba. Na planície de Gizé foram construídas pirâmides pelos faraós Queóps, Quéfren e Miquerinos da quarta dinastia, a esfinge foi construída pelo faraó Quéfren. Lutas políticas e sociais a partir da quinta dinastia, ataques dos nômades no deserto puseram fim ao Antigo Império. A centralização política era  questionada pelos nomarcas que em 2.200 a.C. descentralizaram o poder.

O Médio Império (2050-1750 a.C.):  inicia com o príncipe de Tebas (a capital passa a ser Tebas), Mentuhotep I, que inicia a reunificação política do Egito. A servidão coletiva reinicia.Destacam-se os faraós  Amenemhat III (construiu o Lago Méris), Sesóstris I e Sesótris III. Por volta de 1750 a.C., os hicsos (povo de origem asiática - introduziram no Egito o bronze, o cavalo e os carros de guerra.) invadiram o Egito, pondo fim no Médio Impérioe, permanecem no poder por dois séculos. 
O Novo Império (1580-1080 a.C.): Por volta de 1580 a.C. inicia  o Novo Império quando Amésis I mobilizou os egípcios contra os hicsos. Tebas voltou a ser a capital, e Amon, o deus local, tornou-se a principal divindade do Egito, os hebreus forma subordinados aos egípcios. Características: militarismo, conquistas, principalmente no reinado de Tutmés III que conquistou as regiões do Sudão e da Mesopotãmia. Amenófis IV (1377 a.C. – 1358 a.C.), impôs a adoração única e exclusiva do deus Aton, representante do círculo solar (colocando fim ao politeismo). Mudou seu nome para Akhenaton, constroí uma nova capital em homenagem ao deus-sol. Depois de sua morte o politeísmo retorna foi com seu filho Tutancâmon. Depois de viver um novo processo de expansão territorial, sob o governo de Ramsés II,  iniciou-se a decadência com invasões de vários povos entre eles os Assírios. 
Renascimento Saíta: Após a expulsão dos Assírios ocorreu o Renascimento Saíta (capital passa a ser Saís) com Psamético I. Característica:  desenvolvimento comercial e artesanal. O faraó Necao patrocinou uma expedição de circunavegação do continente africano. Em 525 a.C., os persas conquistaram o Egito aproveitando a instabilidade interna causada por revoltas camponesas. Após este período o Egito foi invadido pelos macedônios e romanos tornando marcando a região com uma intensa variedade cultural.

Sociedade:

Organizada hierarquicamente e de limitada mobilidade social, sendo o topo ocupado por quem mais detinha mais poder que o grupo seguinte. A monogamia predominava com exceção do faraó que tinha várias esposas. Diferente das demais civilizações antigas a mulher no Egito podia adquirir propriedade, legar bens e fazer testamentos.

Faraó

Tutankamon

O Faraó estava no topo da pirâmide social, reconhecido como deus na terra - poder teocrático (para manter este poder o faraó só podia se casar com mulheres de sua família), o governo era monárquico  e transmitido hereditariamente (de pai para filho permanecendo longos períodos em uma mesma família - dinanstia), governava o Egito (dominava toda sociedade).  As camadas mais pobres da sociedade (agricultores, artesãos e pequenos comerciantes) pagavam os impostos destinados para manter a administração e a vida luxuosa da corte. As obras públicas (canais de irrigação, templos, diques, reservatórios de água) e privadas eram construídas por escravos As pirâmides eram construídas para abrir seu corpo mumificado e suas riquezas. Criava as leis e decidia suas aplicações, nas cidades existiam tribunais de justiça. Os escribas e funcionários assim como os órgãos governamentais que formavam o Estado auxiliavam na administração do Egito. As camadas 

Sacerdotes

Organizavam os rituais, templos, festas e atividades religiosas. Conheciam as características, funções e particularidades de cada divindade egípcia sendo seus mediadores na terra o que lhes garantiam privilégios. Alguns sacerdotes foram mumificados e colocados em pirâmides. 

Chefes Militares


Encarregados da segurança do território egípcio e de quem nele vivia. Destacavam-se em tempos de guerra quando organizavam o exercito e suas ações. Passam a ser uma força social e política após a expulsão dos hicsos. 

Escribas 


Sua função era registrar em papiro (papel feito com a fibra de papiro), nas paredes das pirâmides e em placas de pedras fatos da sociedade, da vida do faraó  e dos impostos e taxas cobrados.

Comerciantes


Responsáveis por trazer mercadorias de outras regiões para o Egito.

Artesãos, camponeses e soldados


Além de trabalhar para sobreviver muitas vezes eram chamados para trabalhar em obras públicas sem recompensa.

Escravos


Capturados em guerra, filhos de escravos e como forma de tributos das regiões dominadas. Trabalhavam sem retorno financeiro, recebiam o mínimo para sobreviver. Muitas vezes eram punidos com castigos, não tinham direitos. "
Os escravos domésticos, os artesões e os artistas recebiam um tratamento melhor do que os dados aos escravos que trabalhavam nas minas e pedreiras".

Economia

Agricultura



As terras pertenciam ao Faraó por isto os camponeses as  cultivavam em troca do pagamento de tributos  ou de trabalho. As cheias do Nilo e a utilizavam sistema de irrigação com canais e diques permitiam o cultivo da terra em um  modelo de produção coletiva controlado pelo estado  - sacerdotes, escribas e chefes militares  administravam os trabalhadores livres e os escravos em nome do Faraó. Cultivavam cevada (cereal usado para fazer cerveja e outras bebidas alcoólicas), trigo, azeitona, vinha, algodão, linho, lótus (planta aquática), árvores frutíferas, papiro (para produção de papel, cestos, cordas, sandálias, esteiras e embarcações). legumes e hortaliças (repolho, pepino, lentilha, nabo, rabanete), 

Pecuária



Criaram bois, cabras, asnos, porcos, cavalos, aves (gansos, patos e pombos) para transporte e produção de carne.

Pesca e caça



Pesca - tilápia, carpa e pescada para alimentação. Caça - antílopes, coelhos, crocodilos e  hipopótamos.

Artesanato



Matéria-prima  papiro, metais, pedras, madeiras, marfim, linho e algodão para fabricar  móveis, jóias, objetos de couro, cestos, potes de cerâmica e tecidos. Para a construção de templos ou fabricação de armas os artesão podiam ser requisitados pelo Estado. 

Extração Mineral

Cobre, chumbo, ouro e pedras (construção e decoração).

Comércio 


Troca de mercadorias e utilização de moeda a partir do século V a. C. Comércio interno bastante desenvolvido. Comércio externo (dependia do Faraó) - com Núbia, Palestina, Biblos, Creta, Fenícia (fornecia para o Egito principalmente embarcações), Arábia, Indía e Grécia (fornecia para o Egito entre outras coisas as plantas utilizadas como matéria prima para a mumificação), exportavam cereais, vinho, óleos vegetais, azeite, cerâmica, papiro e móveis e importavam pedras preciosas, marfim, perfumes e madeiras.

Religião

Combinação de mitos, crenças e práticas religiosas. Influenciava a vida dos egípcios, politeísta - acreditavam em vários deuses; antropomórfica - deuses com forma humana; zoomórfica - deuses com forma animal; antropozoomórfica - deuses com forma humana  e animal.Conceitos: maat (associado a deusa da justiça com este nome) - importância de viver uma vida correta, existência harmônica com o universo (a ação de cada um reflete em todos); heka (associado ao deus da mágica com o mesmo nome) relacionado á mágia e sua importância na criação do universo e na manifestação do poder dos deuses. Acreditavam na vida após a morte e que a vida terrena era apenas uma etapa da existência. Ao morrer a pessoa tinha suas ações julgadas em um tribunal representado por Osíris através da pesagem de seu coração em uma balança de um lado e uma pena (representando a justiça) do outro, casa o coração fosse mais leve que a pena a pessoa iria para o paraíso caso contrário a alma da pessoas era devorada por Ammit.

Os corpos eram mumificados para a continuidade da vida. A mumificação durava 70 dias, os órgãos eram retirados (exceto o coração) e colocados em vasos especiais, o corpo era limpo e banhado com óleos e resinas especiais, depois enfaixado com linho. Era um processo caro por isto poucos tinham acesso, as classes mais baixas realizavam um processo mais simples, enquanto os corpos dos escravos não recebiam nenhum processo de preservação. 

Mastabas, hipogeus, pirâmides eram os locais onde ficavam as múmias assim como os objetos que poderiam ser úteis as pessoas na vida após a morte.Os sacerdotes podiam ser homens ou mulheres, e podiam ter família, responsáveis pela adoração dos deuses, manutenção do templo, festivais religiosos, funerais, casamentos além de curandeiros. 

Cada deus exercia uma função e relacionava-se a situações cotidianas,  eram onipresentes e metamórficos, influenciavam os elementos e controlavam a natureza, tinham muito em comum com os homens - podiam nascer - envelhecer e morrer, possuíam nome - sentimentos e corpo que deve ser alimentado. Porém o corpo dos deuses tinha o poder da transformação por exemplo de suas suas lágrimas podiam dar nascimento a seres ou minerais. 

Deuses principais:


Geb; deus da Terra.

Nut: deusa do céu.

Rá: responsável pela criação do mundo, representado pelo Sol, mais comulmente representado com a face de uma ave de rapina. 

Osíris: deus dos mortos que haviam sido bem mumificados e enterrados, já que isto os levariam a ressurreição, representava os ciclos de morte e a volta à vida. Filho mais velho de Geb e Nut, reinou como primeiro faraó ensinou aos humanos a agricultura

Ísis: esposa-irmã de Osíris com quem teve Hórus, deusa da fertilidade, do amor e da magia. Representada com corpo humano e asas de águia

Seth: deus do caos,  responsável pelas guerras, pela escuridão, matou seu irmão - Osíris. Seu papel era necessário para que os demais deuses impusessem a ordem.

Nephthys: irmã-esposa de Set, deusa das terras áridas, dos desertos e da morte, teve um filho com  Osíris (Anúbis). Tem características humanas e assume a forma de águia.

Amon:  “o oculto” , representa os poderes invisíveis do universo. 

Anúbis: deus dos mortos e doentes, responsável por conduzir as almas após a morte. Representado com corpo humano e cabeça de chacal. 

Hórus: representado por um homem com cabeça de falcão, era o deus do céu e o protetor da realeza. Os monarcas eram vistos como a encarnação de Hórus.

Maat: deusa da justiça, simbolizava a ordem cósmica garantida pelo rei.

Ptah:  deus dos artesãos,  criador de coisas.

Ápis: representado sob a forma de um touro. Seu culto relacionava-se com o de Ptah e Osíris.

Thot: deus da sabedoria e da cura, representado como um homem com cabeça de ave, inventou a escrita.

Aton: O disco solar. Era um deus secundário até que, durante o reinado de Aquenaton, foi elevado ao alto do panteão.

Hator: esposa de Hórus, guardiã das mulheres representada por uma mulher com orelhas ou cabeça de vaca.

Medicina


Deixaram diversos registros descrevendo doenças, diagnósticos, causas, remédios, cirurgias,  funcionamento de órgãos, lesões físicas, tratamento de doenças do estômago - coração - fraturas. Estes registros determinavam um padrão a ser seguido por futuros médicos. Existiam médicos especialistas e ajudantes. A prática da mumificação auxiliou no conhecimento anatômico alcançado pelos egípcios. 

Astronomia

Dividiram o ano em 365 baseado trajetória do sol, 3 estações - inundação, semeadura e colheita; e um dia em 24 horas.


Escrita e literatura

Utilizavam três sistemas de escrita:
Hieroglífica: escrita sagrada utilizada pelos escribas em assuntos religiosos e oficiais composta por ideograma (desenho do objeto), fonema (símbolos representando som) e determinante (signos que indicavam a que tipo de objeto o ícone representado pertencia). Feitas , nas paredes de templos, túmulos, estátuas, monumentos, pirâmides, sarcofagos e palácios para registrar louvores aos deuses, cenas domésticas.

Hierádica: abreviação dos hieróglifos e utilizada na sua complementação. Utilizada em textos religiosos, administrativos, científicos e literários, feitos em papiros, ostracas (cerâmicas), linho, madeira, pedra e couro.
Demótica: escrita mais simplificada utilizada no dia a dia na contabilidade dos armazéns reais e templos, transações comerciais e literatura.
A literatura egípcia engloba poemas, hinos aos deuses, explicação de mitos e rituais, textos biográficos e históricos, tratados científicos, documentos econômicos e administrativos. Destaque para o Livro dos Mortos.

Arquitetura

Destaque para os templos como o de  Karnac, Luxor, as pirâmides de Gizé - Quéops, Quéfren e Miquerinos, esfinges e obeliscos.


Pintura

 "Lei da frontalidade" representavam uma pessoa ou divindade em uma postura rígida combinando uma visão frontal e lateral ao representar os personagens com a cabeça e pernas de perfil enquanto os olhos, ombros e tronco de frente. As pinturas eram feitas em palácios, templo, paredes de tumbas retratando entre outras cenas familiares e cotidianas (procissões, cultivo e colheita).
Artesanato

Obras de marcenaria e ourivesaria (trabalhar com ouro e prata) eram os destaques.

Matemática


Utilizavam  partes do corpo humano como pés, antebraço e braço para estabelecer medidas, assim os dedos das mãos são a base para estabelecer múltiplos de dez nos registros escritos. Através de cálculos previam as cheias do Nilo, dividiam as terras aráveis, construções hidráulicas, calculavam impostos. Utilizavam aritmética, geometria, álgebra, raiz quadrada, frações, cálculos de área de círculo e trapézio.

Vídeos recomendados:
https://www.youtube.com/watch?v=fM1CyZ372qQ
https://www.youtube.com/watch?v=qytoTGSy8qI&t=99s
https://www.youtube.com/watch?v=9JnEhc4LKrQ

Referências:
https://cmpm3artes1.wordpress.com/2016/02/20/arte-egipcia-arquitetura-escultura-pintura-e-a-lei-da-frontalidade/
http://arqueologiaegipcia.com.br/2017/01/22/a-lei-da-frontalidade-entendendo-as-pinturas-egipcias/
https://antigoegito.org/arquitetura-egipcia/
https://www.bbc.com/portuguese/geral-40634202
https://www.infoescola.com/historia/medicina-no-antigo-egito/
https://www.coladaweb.com/historia/sociedade-egipcia
https://conhecimentocientifico.com/egito-antigo/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/historia/egito-antigo
https://www.todamateria.com.br/egito-antigo/
https://escola.britannica.com.br/artigo/Egito-antigo/481206
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/egito-antigo-verdades-e-mentiras-sobre-a-civilizacao-multimilenar.htm
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-historia/exercicios-sobre-egito-antigo.htm
https://escolakids.uol.com.br/historia/egito-antigo.htm
https://www.historiadomundo.com.br/egipcia/caracteristicas-geograficas.htm
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/egito-1.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/formacao-imperio-egipcio.htm
https://www.suapesquisa.com/historia/politica_egito_antigo.htm
https://www.historiadomundo.com.br/egipcia/historia-politica-do-egito-antigo.htm
https://www.infoescola.com/civilizacao-egipcia/historia-politica/
https://www.historiadasartes.com/sala-dos-professores/quem-e-o-escriba-sentado/
https://antigoegito.org/os-comerciantes-egipcios/