domingo, 4 de janeiro de 2015

Brasil - Aspectos econômicos

As  áreas  de agricultura,  indústria  e serviços são  bem desenvolvidas no país.  O Brasil ocupa o 7º lugar no ranking das maiores economias do mundo (dados de 2012). O Brasil possui uma economia aberta e inserida no processo de globalização.

Informações, índices e dados da economia brasileira

Moeda: Real (símbolo R$)
PIB de 2013 (Produto Interno Bruto): R$ 4,84 trilhões ou US$ 2,07 trilhões* taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 2,33 (em 27/02/2014)


Renda per Capita de 2013 (PIB per capita): R$ 24.065 ou US$ 10.328 * taxa de câmbio usada US$ 1,00 = R$ 2,33 (em 27/02/2014)
Taxa de desemprego: 7,1% da população economicamente ativa (1º trimestre de 2014) e 7,1% (taxa média anual de 2013).
Salário Mínimo Nacional: R$ 724,00 (a partir de 1º de janeiro de 2014).
Dívida Externa: US$ 318 bilhões (US$ 83 bilhões do setor público e US$ 235 bilhões do setor privado) - dados relativos a março de 2013.

Comércio Exterior:

Exportações: US$ 240,15 bilhões (2013) - queda de 1% em relação ao ano anterior.
Importações: US$ 237,64 bilhões (2013) - aumento de 6,5% em relação ao ano anterior.
Saldo da balança comercial (2013): US$ 2,51 bilhões (superávit) - Queda em relação ao ano de 2012: 87%
Países que o Brasil mais importou (2013): Estados Unidos , China, Argentina e Alemanha
Países que o Brasil mais exportou (2013): China, Estados Unidos, Argentina, Holanda e Japão
Principais produtos exportados pelo Brasil (2013): minério de ferro, ferro fundido e aço; óleos brutos de petróleo; soja e derivados; automóveis; açúcar de cana; aviões; carne bovina; café e carne de frango.
Principais produtos importados pelo Brasil (2013): petróleo bruto; circuitos eletrônicos; transmissores/receptores; peças para veículos, medicamentos; automóveis, óleos combustíveis; gás natural, equipamentos elétricos e motores para aviação.
Organizações comerciais que o Brasil pertence: Mercosul, Unasul e OMC (Organização Mundial de Comércio)

Tipos de energia consumida no Brasil (dados de 2011):



- Petróleo e derivados: 37,7%
- Hidráulica: 14,1%
- Gás natural: 10,3%
- Carvão Mineral: 5,2%
- Biomassa: 21,2%
- Lenha: 9,5%
- Nuclear: 1,4%
- Eólica: 0,5%

Agropecuária 



Desenvolvida no espaço rural, em áreas ocupadas pelo setor primário da economia, no qual se destacam a agricultura, a pecuária e as atividades extrativistas.Sua finalidade principal é atender ao mercado de alimentos e de matéria-prima. 


Principais produtos agrícolas produzidos: café, laranja, cana-de-açúcar (produção de açúcar e álcool), soja, tabaco, milho, mate.
Principais produtos da pecuária: carne bovina, carne de frango, carne suína

Extrativismo

É a retirada de recursos do meio ambiente, como metais, rochas, petróleo, gás natural, vegetais ...  O extrativismo foi a primeira atividade econômica realizada no Brasil, através da exploração do pau-brasil pelos colonizadores portugueses. Dessa árvore é extraído um pigmento avermelhado, utilizado no tingimento de tecidos. 
Apesar de muito importante para a sobrevivência do homem e para o desenvolvimento econômico, o extrativismo pode desencadear vários problemas socioambientais: redução da biodiversidade, extinção de espécies animais e vegetais, poluição, modificações do solo, etc.Tipos de extrativismo:
Extrativismo vegetal: consiste na retirada de recursos de origem vegetal. Na Região Norte é comum o extrativismo de madeiras, castanhas, açaí e látex (que é uma seiva extraída da seringueira),  utilizado para a fabricação de borracha.

Extrativismo mineral: é a exploração de recursos minerais do subsolo, como o ouro, manganês, diamante, bauxita, minério de ferro, água mineral, petróleo, cobre, cobalto, urânio, prata, entre tantos outros.


Extrativismo animal: é a captura de animais, como a caça (ilegal no Brasil, exceto para as comunidades indígenas) e a pesca, devendo obedecer a determinadas regras – período de reprodução dos peixes e peso. 


Serviços


Principais setores de serviços: telecomunicações, transporte rodoviário, técnico-profissionais prestados à empresas, transporte de cargas, limpeza predial e domiciliar, informática, transportes aéreos e alimentação.

Indústria

Principais setores industriais: alimentos e bebidas, produtos químicos, veículos, combustíveis, produtos metalúrgicos básicos, máquinas e equipamentos, produtos de plástico e borracha, eletrônicos e produtos de papel e celulose.



Distribuição espacial das indústrias: a atividade industrial, está concentrada no Sudeste brasileiro, porém vem se distribuindo entre as diversas regiões do país. Atualmente, seguindo uma tendência mundial, o Brasil esta passando por um processo de descentralização industrial que vem ocorrendo intra - regionalmente e entre regiões. Dentro da Região Sudeste há uma tendência de saída do ABCD Paulista para o interior paulista, no Vale do Paraíba ao longo da Rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo à Belo Horizonte. Áreas que oferecem: incentivos fiscais, menores custos de mão-de-obra, transportes menos congestionados e melhor qualidade de vida (por tratarem-se de cidades-médias).Este processo vem determinando o crescimento de cidades-médias dotadas de boa infra- estrutura e com centros formadores de mão-de-obra qualificada, geralmente universidades. Há também o movimento de indústrias  tradicionais, de uso intensivo de mão-de-obra, como a de calçados e vestuários para o Nordeste pela mão-de-obra barata. 

Referências:
http://seer.sct.embrapa.br/
http://www.coladaweb.com
www.ibge.gov.br
www.brasil.gov.br


Brasil - Aspectos humanos

Demografia do Brasil 



São os estudos e conhecimentos sobre as características demográficas do território brasileiro. 
Número de habitantes: 202.768.562  (estimativa do IBGE, 2014).
Quinta nação mais populosa do planeta
Ao longo dos últimos anos, o crescimento demográfico do país tem diminuído o ritmo, que era muito alto até a década de 1960.
Número de habitantes em 1940: 41.236.315 
Número de habitantes em 1950: 51.944.397 
Número de habitantes em 1960: 70.070.457 
Número de habitantes em 1970: 93.139.037 
Número de habitantes em 1980: 119.002.706 
Número de habitantes em 1991: 146.825.475 
Sobrenome mais popular: Souza ou Sousa, seguido de Silva.

Em 34 anos, a população dobrou em relação aos 90 milhões de habitantes da década de 1970. Entre 2000 e 2004, aumentou em 10 milhões de pessoas. Em 2050, seremos 259,8/260 milhões e nossa expectativa de vida, ao nascer, será de 81,3 anos, a mesma dos japoneses, hoje.


O envelhecimento da população está se acentuando: 
Em 2000  - o grupo de 0 a 14 anos representava 30% da população, os maiores de 65 anos eram 5%; Em 2050 - os dois grupos se igualarão em 18%;
Em 2039 -  vai começar a declinar (pela Revisão 2008 da Projeção de População do IBGE).
A diminuição do crescimento demográfico relacionam-se com a urbanização e industrialização e com incentivos à redução da natalidade (como a disseminação de anticoncepcionais). Embora a taxa de mortalidade no país tenha caído bastante desde a década de 1940, a queda na taxa de natalidade foi ainda maior.

Distribuição populacional do Brasil:

Densidade demográfica: 22,43 hab./km²4 — inferior à média do planeta e bem menor que a de países intensamente povoados, como a Bélgica (342 hab./km²) e o Japão (337 hab./km²).



A distribuição populacional é desigual, havendo concentração da população nas zonas litorâneas (do Sudeste e da Zona da Mata nordestina) além da região Sul. As áreas menos povoadas situam-se no Centro-Oeste e no Norte.



Taxa de natalidade: sensível diminuição nos últimos anos, devido ao aumento da população urbana — já que a natalidade é bem menor nas cidades, em consequência da progressiva integração da mulher no mercado de trabalho — e da difusão do controle de natalidade.



Taxa de mortalidade: elevada (comum em países subdesenvolvidos) enquadrando-se entre as nações mais vitimadas por moléstias infecciosas e parasitárias, praticamente inexistentes no mundo desenvolvido.Desde 1940, a taxa de mortalidade vem caindo, reflexo de uma progressiva popularização de medidas de higiene, principalmente após a Segunda Guerra Mundial; da ampliação das condições de atendimento médico e abertura de postos de saúde em áreas mais distantes; das campanhas de vacinação; e do aumento quantitativo da assistência médica e do atendimento hospitalar.



Taxa de mortalidade infantil: 21,17 mortes em cada 1.000 nascimentos (estimativa para 2010). No entanto, há variações nessa taxa segundo as regiões e as camadas populacionais. Norte e o Nordeste têm os maiores índices de mortalidade infantil, que diminuem na região Sul. Com relação às condições de vida, pode-se dizer que a mortalidade infantil é menor entre a população de maiores redimentos, sendo provocada sobretudo por fatores endógenos. Já a população brasileira de menor renda apresenta as características típicas da mortalidade infantil tardia.


Crescimento vegetativo: a população de uma localidade qualquer aumenta em função das migrações e do crescimento vegetativo. No caso brasileiro, é pequena a contribuição das migrações para o aumento populacional. Assim, como esse aumento é alto, conclui-se que o Brasil apresenta alto crescimento vegetativo, a despeito das altas taxas de mortalidade, sobretudo infantil. A estimativa da Fundação IBGE para 2010 é de uma taxa bruta de natalidade de 18,67‰ — ou seja, 18,67 nascidos para cada grupo de mil pessoas ao ano — e uma taxa bruta de mortalidade de 6,25‰ — ou seja 6,25 mortes por mil nascidos ao ano. Esses revelam um crescimento vegetativo anual médio de 1,24%.

Evolução demográfica do Brasil



Expectativa de vida: 76 anos para os homens e 78 para as mulheres (2010). Distante das nações paupérrimas, em que essa expectativa não alcança 50 anos (Mauritânia, Guiné, Níger e outras), mas  não alcança o patamar das nações desenvolvidas, onde a expectativa de vida ultrapassa os 80 anos (Noruega, Suécia e outras). A expectativa de vida varia na razão inversa da taxa de mortalidade, ou seja, são índices inversamente proporcionais. Assim no Brasil, paralelamente ao decréscimo da mortalidade, ocorre uma elevação da expectativa de vida.

Taxa de fecundidade: a taxa média de fecundidade no Brasil era de 1,94 filho por mulher em 2009, semelhante à dos países desenvolvidos e abaixo da taxa de reposição populacional, que é de 2,1 filhos por mulher – duas crianças substituem os pais e a fração 0,1 é necessária para compensar os indivíduos que morrem antes de atingir a idade reprodutiva. Esse índice sofre variações, caindo entre as mulheres de etnia branca e elevando-se entre as pardas. Tal variação está relacionada ao nível sócio-econômico desses segmentos populacionais; em geral, a população parda concentra-se nas camadas menos favorecidas social e economicamente, levando-se em conta a renda, a ocupação e o nível educacional, entre outros fatores.



Variações regionais: 
Sudeste - 1,75 filho por mulher (menor taxa do país)
Sul - 1,92 filho por mulher
Centro-Oeste - 1,93 filho por mulher
Nordeste -  2,04 filhos por mulher (ainda abaixo da taxa de reposição populacional e semelhante à de alguns países desenvolvidos)
Norte - 2,51 filhos por mulher (maior taxa ainda assim abaixo da média mundial)

Composição por sexo



A razão de sexo no país é de 96 homens para cada grupo de 100 mulheres (2008). Até os 60 anos de idade, há um equilíbrio quantitativo entre homens e mulheres, acentuando-se a partir desta faixa etária o predomínio feminino. Esse fato pode ser explicado por uma longevidade maior da mulher, ao fato de ela ser menos atingida por moléstias cardiovasculares, causa frequente de morte após os 40 anos. O número de mulheres, na população rural brasileira, pode-se dizer que no Nordeste, por ser uma região de repulsão populacional, há o predomínio da população feminina. Já nas regiões Norte e Centro-Oeste predomina a população masculina, atraída pelas atividades econômicas primárias, como o extrativismo vegetal, a pecuária e, sobretudo, a mineração. O número de mulheres, na população rural brasileira, também tende a ser menor, já que as cidades oferecem melhores condições sociais e de trabalho à população feminina.

Rede urbana
Sistema de hierarquização urbana, no qual várias cidades se submetem a uma maior, que comanda esse espaço. Em cada nível, as maiores polarizam as menores. O IBGE classifica a rede urbana brasileira de acordo com o tamanho e importância das cidades. As categorias de cidades são:
Metrópoles globais: suas áreas de influência ultrapassam as fronteiras de seus estados, região ou mesmo do país. São metrópoles globais São Paulo e Rio de Janeiro.


Metrópoles nacionais: encontram-se no primeiro nível da gestão territorial, constituindo foco para centros localizados em todos os pontos do país. São metrópoles nacionais Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo

Metrópoles regionais: constituem o segundo nível da gestão territorial, e exercem influência na macrorregião onde se encontram. São metrópoles regionais Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife e Salvador.


Maiores Regiões Metropolitanas
Cidades conurbadas
População total
Grande São Paulo
38
17 091 863
Grande Rio de Janeiro
13
10 367 169
Grande Belo Horizonte
18
3 962 474
Grande Porto Alegre
22
3 342 177
Grande Recife
12
3 166 191
Grande Salvador
10
2 801 799
Grande Fortaleza
8
2 707 842
Grande Curitiba
14
2 571 119
Grande Belém
2
1 656 932

Capitais regionais: constituem o terceiro nível da gestão territorial, e exercem influência no estado e em estados próximos. Dividem-se em três níveis:
Capitais regionais A: Aracaju, Campinas, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis, João Pessoa, Maceió, Natal, São Luís, Teresina e Vitória
Capitais regionais B: Blumenau, Campina Grande, Cascavel, Caxias do Sul, Chapecó, Feira de Santana, Ilhéus/Itabuna, Joinville, Juiz de Fora, Londrina, Maringá, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Uberlândia, Montes Claros, Palmas, Passo Fundo, Poços de Caldas, Porto Velho, Santa Maria e Vitória da Conquista
Capitais regionais C: Araçatuba, Araguaína, Arapiraca, Araraquara, Barreiras, Bauru, Boa Vista, Cachoeiro de Itapemirim, Campos dos Goytacazes, Caruaru, Criciúma, Divinópolis, Dourados, Governador Valadares, Ijuí, Imperatriz, Ipatinga/Coronel Fabriciano/Timóteo, Juazeiro do Norte/Crato/Barbalha, Macapá, Marabá, Marília, Mossoró, Novo Hamburgo/São Leopoldo, Pelotas/Rio Grande, Petrolina/Juazeiro, Piracicaba, Ponta Grossa, Pouso Alegre, Presidente Prudente, Rio Branco, Santarém, Santos, São José dos Campos, Sobral, Sorocaba, Teófilo Otoni, Uberaba, Varginha e Volta Redonda/Barra Mansa


Áreas metropolitanas: são definidas pela legislação em quatro tipos. Há região metropolitana (criadas por lei complementar estadual), de território intraestadual, e a região integrada de desenvolvimento econômico (criadas por lei complementar federal), de território interestadual; há também a aglomeração urbana e a microrregião, estas também restritas aos limites estaduais e criadas por legislação estadual. Atualmente são 46 RM e três RIDE, e quatro AU.


Religiões no Brasil

O Brasil é um país religiosamente diverso, com a tendência de mobilidade entre as religiões. A Constituição prevê a liberdade de religião e a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Brasil um Estado oficialmente laico. A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa.Nas últimas décadas, tem havido um grande aumento de igrejas neopentecostais, o que diminuiu o número de membros tanto da Igreja Católica quanto das religiões afro-brasileiras. Cerca de noventa por cento dos brasileiros declararam algum tipo de afiliação religiosa no último censo realizado.


Cristã: 89%, sendo sua maior parte católica (70%).Herança da colonização portuguesa, o catolicismo foi a religião oficial do Estado até a Constituição Republicana de 1891, que instituiu o Estado laico. 
Igrejas protestantes: pentecostais, episcopais, metodistas, luteranas e batistas. Há mais de um milhão Espíritas ou kardecistas: um milhão e meio.
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Judeus, muçulmanos, budistas, neopagãos e seguidores do Candomblé e da Umbanda são minoria.
Sem religião: 7,4% da população (cerca de 12,5 milhões de pessoas) declarou-se sem religião no último censo, podendo ser agnósticos, ateus ou deístas.

Idioma

Cerca de 180 idiomas e dialetos dos povos indígenas são falados nas tribos, embora esse número esteja em declínio.O português é a língua materna de 98% dos brasileiros Há um expressivo número de falantes de línguas imigrantes como o alemão (zonas rurais do Brasil meridional) sendo o dialeto hunsrückisch o mais usado por cerca de 1,5 milhão de pessoas; o italiano em zonas vinícolas do Rio Grande do Sul, sendo o dialeto talian o mais usado;  e o japonês, entre outros.

Grupos étnico-raciais

A população atual do Brasil é muito diversa, tendo participado de sua formação diversos povos e etnias. Atualmente, o IBGE utiliza para fins censitários 5 categorias no Brasil, baseado na raça e cor da pele: branco, indígenas, preto, pardo e amarelo.Censo de 2010:
Brancos: 47,51%
Pardos (multirraciais): 43,42%
Pretos: 7,52%
Amarelos (asiáticos): 1,1%
Indígenas (ameríndios): 0,42%
Sem declaração: 0,02%
De forma geral, a população brasileira foi formada por cinco grandes ondas migratórias:
Indígenas (autóctones do Brasil):são descendentes de grupos humanos que migraram da Sibéria, atravessando o Estreito de Bering, aproximadamente 9.000 a.C.Os principais grupos indígenas, de acordo com sua origem linguística, eram os tupi-guarani, jê ou tapuia, aruaque ou maipuré e caraíba ou caribes. A população indígena original do Brasil (entre 3-5 milhões) foi em grande parte exterminada ou assimilada pela população portuguesa. Os mamelucos (ou caboclos, mestiços de branco com índio) se multiplicavam às centenas pela colônia.



Portugueses: chegaram para explorar a colônia desde a sua descoberta, em 1500, até a sua independência, em 1822. Nos primeiros dois séculos de colonização vieram para o Brasil cerca de 100 mil portugueses, uma média anual de 500 imigrantes. No século seguinte vieram 600 mil, em uma média anual de dez mil colonos. A primeira região a ser colonizada pelos portugueses foi o Nordeste. Pouco mais tarde, os colonos passaram a colonizar o litoral do Sudeste. O interior do Brasil só foi colonizado no século XVIII. Os portugueses foram o único grupo étnico a se espalhar por todo o Brasil, principalmente graças à ação dos bandeirantes ao desbravarem o interior do país no século XVIII.



Africanos: trazidos na forma de escravos para servirem de mão-de-obra escrava. Começaram a ser trazidos para a colônia na década de 1530, para suprir a falta de mão-de-obra. Inicialmente, chegaram escravos de Guiné. A partir do século XVIII, a maior parte dos cativos era trazida de Angola e, em menor medida, de Moçambique. Na Bahia, os escravos eram majoritariamente oriundos do Golfo de Benin (atual Nigéria). Até o fim do tráfico negreiro, em 1850, entre 3-5 milhões de africanos foram trazidos ao Brasil- 37% de todo o tráfico negreiro efetuado entre a África e a América.


Diversos grupos de imigrantes (principalmente da Europa): os quais chegaram entre o final do século XIX e início do século XX.


Imigrações recentes: de diversas partes do mundo, sobretudo Ásia e Oriente Médio.

Movimentos populacionais

Imigração




Política migratória externa, dividida em duas fases : a primeira, de estímulo à imigração, principalmente após a abolição da escravatura, em 1888, visando a substituição da mão-de-obra escrava na lavoura cafeeira; a segunda, de controle à imigração, a partir de 1934, no governo Vargas, devido à crise econômica internacional da década de 1930. O afluxo de imigrantes para o Brasil pode ser dividido em três períodos principais.
Primeiro período (de 1808 a 1850): chegada da família real, em 1808, o que ocasionou a vinda dos primeiros casais de imigrantes açorianos (imigração pequena).
Segundo período (de 1850 a 1930): proibição do mercado de escravos. Em 1888, com a abolição da escravidão, estimulou-se o fluxo imigratório.
Terceiro período (de 1930 até os dias de hoje): é caracterizado por uma sensível redução na imigração, devido à crise econômica de 1929 (quebra da bolsa de valores de Nova Iorque) que abalou a cafeicultura brasileira; e a criação da lei sobre imigração, através da Constituição de 1934 que restringia a entrada de imigrantes, estipulando que, anualmente não poderia entrar no país mais que 2% do total de imigrantes de cada nacionalidade entrados nos últimos 50 anos. Determinava ainda que 80% dos imigrantes deveriam dedicar-se à agricultura, além de estabelecer uma discutível e discriminatória "seleção ideológica", ou seja, conforme as ideias políticas que professava, o imigrante poderia ou não entrar no país. Segunda Guerra Mundial, intensificaram-se as migrações internas. Mineiros e nordestinos, principalmente, dirigiram-se para o centro-sul do país, em virtude de crescimento urbano e industrial. Entre 1870 e 1930, entraram no Brasil um número superior a cinco milhões de imigrantes divididos em dois grupos: uma parte foi enviada para o Sul do Brasil, onde se tornaram colonos trabalhando na agricultura;  a maior parte foi enviada para as fazendas de café do Sudeste. Os colonos mandados para o Sul do país foram, majoritariamente, alemães (a partir de 1824, sobretudo da Renânia-Palatinado, Pomerânia, Hamburgo, Vestfália, etc) e italianos (a partir de 1875, sobretudo do Vêneto e da Lombardia).  Para o Sudeste do país chegaram, majoritariamente, italianos (sobretudo do Vêneto, Campânia, Calábria e Lombardia), portugueses (notadamente oriundos da Beira Alta, do Minho e Alto Trás-Os-Montes), espanhóis (sobretudo da Galiza e Andaluzia), japoneses (sobretudo de Honshu e Okinawa) e árabes (do Líbano e da Síria).

Migrações internas:
Cerca de um terço dos brasileiros não vive onde nasceu. As migrações internas respondem por boa parte deste terço, e classificam-se basicamente em duas categorias: 
Deslocamento do campo para a cidade: o chamado (êxodo rural) - causado frequentemente pela falta de oportunidades de trabalho e serviços no campo e pela concentração fundiária.

Migrações regionais: 
Ciclo da mineração; em Minas Gerais, século XVIII, que provocou um deslocamento da população litorânea para o interior do país;
Fluxo de escravos: do Nordeste para as plantações de café de São Paulo e do Rio de Janeiro, século XIX;
Ciclo da borracha: na Amazônia, século XIX e início do século XX, que atraiu pessoas, especialmente do Nordeste;
Construção de Brasília: que deslocou mão-de-obra principalmente do Norte e Nordeste;
Desenvolvimento industrial: a partir de 1950, na região Sudeste (principalmente São Paulo e Rio de Janeiro), que deslocou principalmente nordestinos.
Recentemente: as migrações regionais mais importantes ainda são a de nordestinos para as regiões Sudeste e Sul, em busca de trabalho nos setores industrial, comercial e de serviços; no Centro-Oeste e Norte, um fluxo de famílias ligadas ao meio rural, vindas principalmente da região Sul, graças à expansão da fronteira agrícola.
A partir de 1980: os fluxos intra-regionais e até intra-estaduais tornaram-se mais significativos, especialmente na região Nordeste, com a consolidação de várias metrópoles ao redor das capitais de cada estado nordestino. Por conta do Brasil já ser um país essencialmente urbano, os fluxos migratórios encontram-se em menor dimensão de décadas passadas, e concentram-se mais na ocupação de espaços com maior dinamismo (em geral cidades médias do interior e algumas capitais, além da fronteira agrícola). Ações sociais como o Fome Zero e o Bolsa Família também reduzem os fluxos migratórios, ao responder mais rapidamente situações de calamidade pública especialmente em função da seca, que intensificavam os fluxos no passado.

Referências:
revistaescola.abril.com.br
oglobo.globo.com
www.revista.vestibular.uerj.br
almanaque.abril.com.br