Estados: Mato Grosso - MT (Cuiabá), Mato Grosso do Sul - MS (Campo Grande) e Goiás - GO (Goiânia), além do Distrito Federal - DF (Brasília).
Limites: ao norte pelos Estados do Amazonas e Pará, a noroeste pelo Estado de Rondônia, a nordeste pelo Estado de Tocantins, a leste pelo Estado da Bahia, a sudoeste pela Bolívia e Paraguai, a sudeste pelos Estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais.
Área: 1.612.077,2 km²Número de municípios: 467 (2013)
População: 14.993.194 (2013)
Densidade demográfica (2013): 9,3 hab./km²
Principais Cidades: Mato-Grosso - Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Cáceres, Sinop, Tangará da Serra, Barra do Garças, Alta Floresta; Mato-Grosso do Sul - Campo Grande, Corumba, Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã, Aquidauana e Naviraí; Goiás - Goiânia, Luziânia, Cristalina, Valparaíso de Goias, Trindade; Distrito Federal - regiões administrativas de Brasília, Gama, Taguatinga, Brazilândia, Sobradinho, Planaltina, Paranoá, Ceilância.
Mortalidade infantil (por mil): 16 (2012)Analfabetismo: 6,5% (2013)
Relevo:
O relevo da região é dividido em: planalto central, o planalto meridional e a planície do pantanal. Destaque para: destacam-se: Planalto e Chapada dos Parecis; Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná; Planaltos e Serras de Goiás – Minas; Planaltos e Serras Residuais do Alto Paraguai; Planaltos Residuais Sul – Amazônicos; Depressão do Araguaia – Tocantins; Depressão Cuiabana; Depressão do Alto Paraguai- Guaporé; Depressão Sul – Amazônica; Depressão do Miranda; Planície do Rio Araguaia; Planície e Pantanal do Rio Guaporé; Planície e Pantanal Mato-Grossense.

Planalto central: ocupa a maior parte da região e é formado por um grande bloco de rochas cristalinas que são encobertas por rochas sedimentares. Existem algumas partes em que as rochas cristalinas aparecem na superfície fazendo com que o relevo apresente ondulações. Nas áreas onde as rochas sedimentares cobrem todo o relevo são formadas as chapadas. As principais chapadas são: Chapada dos Parecis, Chapada dos Veadeiros e Espigão Mestre que divide a Bacia do Tocantins da Bacia do São Francisco.

Planícies do pantanal: é uma planície que, periodicamente, é inundada pelo rio Paraguai e tem formação recente. Está situada entre os planaltos Central, Meridional e o relevo pré-andino.
Planalto meridional: vai da região Sul até os estados do Mato Grosso do Sul e Goiás, possui as terras mais férteis da região (a terra roxa).
Vegetação:
Alterada devido os projetos agropecuários e a exploração de madeira. Originalmente coberta por extensas formações arbustivo-herbáceas e por densas florestas.

Cerrado: segundo maior bioma brasileiro, típico do clima tropical continental e de solo pobre. Caracteriza-se pela presença de árvores de pequeno porte, de 2 a 3 metros de altura, com troncos de casca grossa, retorcidos, folhas duras e raízes profundas, capazes de extrair a água do subsolo, principalmente durante a extração seca. Entre essas árvores, aparece uma vegetação de gramíneas, bastante utilizada como pastagem para o gado bovino.
Em locais onde o solo é mais fértil, a vegetação do Cerrado apresenta-se mais densa, com árvores mais altas; nessas áreas é chamada de Cerradão. Entre os principais tipos vegetais do Cerrado, destacam-se a lixeira, o pequi, o barbatimão e a mangabeira. Nos vales dos rios a formação de florestas denominadas matas galerias ou matas ciliares. A paisagem do Cerrado possui alta biodiversidade. Bastante ameaçado devido a instalação de cidades e rodovias, ao crescimento das monoculturas, como soja, milho e arroz, a pecuária intensiva, a carvoaria, pelo desmatamento causado pela atividade madeireira e por frequentes queimadas, devido às altas temperaturas e baixa umidade do ar.
Floresta Amazônica: norte e no oeste do Mato Grosso, onde as temperaturas são mais elevadas e as chuvas abundantes. É formada por uma vegetação densa e exuberante. Embora a destruição dessa floresta tenha sido intensa é a menos modificada da região. A sua destruição vem sendo em decorrência da expansão das fronteiras agrícolas, em especial, para o cultivo de soja e milho, além da criação extensiva de bovinos.
Floresta Tropical: recobria áreas do Mato Grosso do Sul e Goiás; hoje está praticamente extinta. Essa floresta se desenvolve em ambiente de temperatura elevada, com chuvas menos abundantes que nas áreas de Floresta Amazônica. Suas árvores típicas são o jatobá, o cedro e a peroba.
Campos: destacam-se no sul de Mato Grosso do Sul - campos limpos áreas de solo mais fértil, campos sujos vegetação herbácea e arbustiva em áreas de solos mais rasos com trechos de rochas ou mais profundos, pouco férteis.
Pantanal ou Complexo do Pantanal: é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, que está situado no sul do Mato Grosso e no noroeste do Mato Grosso do Sul, norte do Paraguai e o leste da Bolívia, na região hidrográfica do Alto Paraguai. Apresenta em alguns pontos uma mata densa e em outros campos limpos com grande valor para a pecuária. Considerado pela Unesco Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera, abriga o Parque Nacional do Pantanal. O Pantanal é uma das maiores extensões (alagadas) contínuas do planeta. De janeiro a março é o período das chuvas, onde o calor é intenso: rios, lagos e banhados se transformam em uma grande planície. O período de seca vai de maio a setembro.
Clima:
"O clima da região é tropical semi-umido, com frequentes chuvas de verão. Nos extremos norte e sul da região, a temperatura média anual é de 22 ºC e nas chapadas varia de 20º a 22 ºC. Na primavera/verão, são comuns temperaturas elevadas, sendo que a média do mês mais quente varia de 24º a 26 ºC. A média das máximas do mês mais quente oscila entre 30º e 36 ºC. No inverno, em virtude da invasão polar, é comum a ocorrência de temperaturas mais baixas. No mês mais frio, a temperatura média oscila entre 15º e 24ºC, enquanto a média das mínimas fica entre 8º a 18ºC. A pluviosidade média é de 2.000 a 3.000 mm anuais ao norte de Mato Grosso, enquanto no Pantanal mato-grossense é de 1.250 mm. Apesar disso, a região centro-oeste é bem provida de chuvas, sendo que mais de 70% do total de chuvas ocorrem de novembro a março, o que torna o inverno bastante seco." (http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/GeografiaFisica/Clima/?pg=3)

Hidrografia:
Em meio às formas de relevo dominantes no Centro-Oeste brasileiro, estão as nascentes de muitos rios que drenam a região. Nos planaltos, nascem grandes rios que apresentam quedas d'água e corredeiras. E o fenômeno denominado de "águas emendadas", no qual surgem, de um mesmo ponto, as nascentes dos rios de duas bacias hidrográficas distintas que, depois, seguem para direções diferentes.

O Centro-Oeste é cortado por três regiões hidrográficas: a Amazônica, a Tocantins-Araguaia e a do Rio Paraguai.
Amazônica: o norte de Mato Grosso é drenado por rios que são afluentes do Amazonas, como o Xingu, ou por formadores de afluentes, como os rios Teles Pires e Juruena, que formam o Rio Tapajós. As queimadas, os desmatamentos, o garimpo, a expansão agrícola e a mineração vêm contaminando as águas dos rios, causando graves problemas à região. Na região do Baixo Xingu, o governo brasileiro está construindo a Usina Hidrelétrica Belo Monte, que será a terceira maior usina hidrelétrica do mundo. A construção dessa usina está sendo disputada judicialmente por grupos indígenas e ambientalistas, que afirmam que a usina terá impactos sociais e ambientais negativos, ao mesmo tempo em que reduzirá o fluxo do rio em até 80%, num trecho de 100 quilômetros conhecido como Volta Grande.
Tocantins-Araguaia: Goiás contém 26,8% do seu território nessa região hidrográfica; Mato Grosso, 14,3%, e o Distrito Federal, 0,1%. O Araguaia é um dos principais rios do Centro-Oeste. No rio Tocantins, no município de Minaçu, está sendo construído o lago artificial da Usina de Serra da Mesa, que será o quinto maior lago do Brasil.
Paraguai: Mato Grosso do Sul é o estado do Centro-Oeste com 51,8% de seu território na Região Hidrográfica do Paraguai, e Mato Grosso, com 48,2%. O Rio Paraguai nasce na área do Planalto e da Chapada dos Parecis, no estado do Mato Grosso, e toma o sentido norte-sul, atravessando o Pantanal Matogrossense. Na época das cheias, esse rio inunda uma vasta área, formando lagos. A Hidrovia Paraguai-Paraná, começa no município de Cáceres, no Mato Grosso, e atravessa 1.300 km até Nueva Palmira, no Uruguai, passando pelas cidades de Corumbá (MS) e Assunção, capital do Paraguai.
Aspectos humanos
A população absoluta do Centro-Oeste é a menor entre as demais Regiões (Sudeste, Sul, Norte e Nordeste). A distribuição populacional é irregular, existem áreas onde a densidade demográfica supera os 100 hab./Km² (sul de Goiás e Mato Grosso e oeste do Mato Grosso do Sul) e áreas onde a população relativa não ultrapassa 1 hab./Km² (norte e o noroeste do Mato Grosso, o norte de Goiás e a região do pantanal).

Nas últimas décadas houve uma explosão demográfica, promovida basicamente pela modernização e expansão agropecuária e a implantação de infraestruturas de transporte, ligando a região aos diferentes pontos do país. A taxa de urbanização elevada devido a construção de Brasília (aproximadamente 88,8%) mostra que a população urbana supera em quantidade a população rural.
Cultura: Brasília (no Distrito Federal) - cidade "Patrimônio da Humanidade". Goiás: manifestações culturais - a Procissão do Fogaréu e as Cavalhadas; culinária - galinhada com pequi e guariroba, o empadão goiano e os diversos frutos do cerrado. Mato Grosso: dança - cururu, festas do Divino e de São Benedito, Siriri, Rasqueado Cuiabano, Viola-de-Cocho; culinária - o bolo de arroz, mojica de pintado, Maria Isael e farofa de banana. Mato Grosso do Sul: danças - cururu, siriri, guarânia e festas juninas com apresentações de quadrilhas; culinária - mate gelado ou tererê, chipas (espécie de pão de queijo), sopa paraguaia, as salteñas (pastéis assados e recheados com frango), o arroz carreteiro com guariroba, pamonha de milho verde e pratos à base de peixes.
Cultura: Brasília (no Distrito Federal) - cidade "Patrimônio da Humanidade". Goiás: manifestações culturais - a Procissão do Fogaréu e as Cavalhadas; culinária - galinhada com pequi e guariroba, o empadão goiano e os diversos frutos do cerrado. Mato Grosso: dança - cururu, festas do Divino e de São Benedito, Siriri, Rasqueado Cuiabano, Viola-de-Cocho; culinária - o bolo de arroz, mojica de pintado, Maria Isael e farofa de banana. Mato Grosso do Sul: danças - cururu, siriri, guarânia e festas juninas com apresentações de quadrilhas; culinária - mate gelado ou tererê, chipas (espécie de pão de queijo), sopa paraguaia, as salteñas (pastéis assados e recheados com frango), o arroz carreteiro com guariroba, pamonha de milho verde e pratos à base de peixes.
Aspectos econômicos
Turismo: No Complexo do Pantanal, encontra-se o município de Bonito, localizado na Serra da Bodoquena, no Mato Grosso do Sul. É uma referência em turismo de aventura, com trilhas, rios de águas cristalinas e cavernas. Essa região possui belas paisagens, como cachoeiras, rios, grutas, serras, chapadas e uma grande diversidade de animais espalhados pelos biomas. Outro atrativo são as águas quentes de Caldas Novas e de Rio Quente, que formam a maior estância hidrotermal do mundo.
Essas belezas naturais atraem vários turistas, fato que contribui para a economia regional. Os principais destinos são a Chapada dos Veadeiros (GO), Caldas Novas (GO), Chapada dos Guimarães (MT), Pantanal (MT e MS) Bonito (MS), entre outros. Na região da cabeceira do Rio Xingu está o Parque Indígena do Xingu, o primeiro parque indígena do Brasil, criado por Darcy Ribeiro em 1961, após a expedição dos Irmãos Villas-Bôas no começo dos anos 1940. Outro ponto turístico de grande importância é Brasília, capital nacional e local de moradia do Presidente da República.

Brasília
Agropecuária: voltada para o mercado interno (abastecimento das áreas mais dinâmica do país) e para os grandes mercados mundiais. Fornecedor de produtos agropecuários, como grãos (soja e arroz) e carne, para as indústrias alimentícias do Centro-Sul e soja, para o mercado externo.

Principais áreas agrícolas: Campo Grande e Dourados (Mato Grosso do Sul), centros produtores de soja e trigo; Goiás a região denominada "mato grosso de Goiás", ao sul de Goiânia, com a produção de soja, algodão e feijão, e o vale do Paranaíba, no Sudeste goiano, onde se tem algodão e arroz.
Pecuária: a região detém 1/4 de todo o rebanho bovino brasileiro. O sistema de criação que predomina é o extensivo. O objetivo é a produção de carne para as indústrias frigoríficas do Centro-Sul. A principal área de criação é o pantanal Mato-grossense, onde além dos bovinos são criados bufalinos.
Mineração: ferro e manganês encontrados no maciço de Urucum, no interior do pantanal Mato-grossense. A extração é feita pela Companhia Vale do Rio Doce, com a maior parte da produção direcionada para o mercado externo e uma parte menor da produção voltada para o mercado interno na siderurgia local ou sendo transportada para as siderúrgicas do Sudeste. Destaca-se também o níquel, importante recurso para a indústria do aço, que tem sua maior ocorrência na cidade de Niquelândia, ao Norte de Goiás. Essa reserva é responsável por 80% da produção brasileira do minério.
Extrativismo vegetal: extração de látex (borracha) e de madeiras na porção setentrional da região, e de erva-mate e madeiras, na porção meridional.
Indústria: produção agroextrativa, como as indústrias de beneficiamento de arroz, pequenos frigoríficos indústrias de couro, além de algumas metalúrgicas e madeireiras, que absorvem um pequeno contingente de mão-de-obra e se utilizam de equipamentos e recursos técnicos pouco avançados.
O ecossistema do Pantanal é muito diversificado, abrigando uma grande quantidade de animais, que vivem em perfeito equilíbrio ecológico. Podemos encontrar, principalmente, as seguintes espécies: jacarés, capivaras, peixes (dourado, pintado, curimbatá, pacu), ariranhas, onça-pintada, macaco-prego,veado-campeiro, lobo-guará, cervo-do-pantanal, tatu, bicho-preguiça, tamanduá, lagartos, cágados, jabutis, cobras (jibóia e sucuri) e pássaros (tucanos, jaburus, garças, papagaios, araras, emas, gaviões). Além destes citados, que são os mais conhecidos, vivem no Pantanal muitas outras espécies de animais.
Cachorro-do-mato-vinagre (Speothos Venaticus)
Foto: criadourooncapintada
Gato-Maracajá (Leopardus Wiedii)
Foto: ana_cotta
Jaguatirica (Leopardus Pardalis)
Foto: matteotarenghi
Tamanduá-Bandeira (Myrmecophaga tridactyla)
Foto: ferjflores
Lobo-Guará (Chrysocyon brachyurus)
Besouro (Coarazuphium pains)
Foto: 21098852@N02
Segundo dados do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, existem cerca de 28 animais em extinção no Pantanal. Entre os principais animais em extinção no Pantanal destacam-se:
Cervo-do-Pantanal (Blastocerus Dichotomus);
Foto: schenfeld
Onça-pintada (Panthera onça);
Foto: marciomotta
Arara-azul (Anodorhynchus hyacinthinus);
Foto: ana_cotta
Cascudo-cego (Ancistrus formoso);
Foto: marti669
Coral-de-água-doce (Uruguaya corallioides).
Foto: reefsimples
Flora:
Assim como ocorre com a vida animal, o Pantanal possui uma extensa variedade de árvores, plantas, ervas e outros tipos de vegetação. Nesta região, podemos encontrar espécies da Amazônia, do Cerrado e do Chaco Boliviano. Nas planícies (região que alaga na época das cheias) encontramos uma vegetação de gramíneas. Nas regiões intermediárias, desenvolvem-se pequenos arbustos e vegetação rasteira. Já nas regiões mais altas, podemos encontrar árvores de grande porte. As principais árvores do Pantanal são: aroeira, ipê, figueira, palmeira e angico.
Flora ameaçada de extinção:
Margarida (Aspília grazielae)
Cacto (Cleistocactus sp)
Referências:
http://infoener.iee.usp.br/
http://www.soleis.com.br/
http://www.estadosecapitaisdobrasil.com/
http://www.portalpantanal.com.br/